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POLÍTICA

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“Projetos não são discutidos com quem mais importa”, diz Kamai sobre nova tentativa de privatização de Bocalom

“Projetos não são discutidos com quem mais importa”, diz Kamai sobre nova tentativa de privatização de Bocalom

A nova investida do prefeito Tião Bocalom para entregar à iniciativa privada os mercados municipais acendeu o alerta entre trabalhadores, feirantes e permissionários de Rio Branco — justamente os que mais seriam impactados pela medida e, paradoxalmente, os últimos a serem ouvidos pela gestão. A crítica veio dura do vereador André Kamai (PT), que classificou a proposta como mais um gesto autoritário e desconectado da realidade. “Os projetos não são discutidos com as categorias que interessam”, lamentou.

Kamai participou, nesta quinta-feira (11), de uma reunião com os permissionários para ouvir suas aflições. Ele reforçou que estará ao lado dos trabalhadores, garantindo que sua atuação na Câmara será firme e inegociável. “Privatização nunca vai ser boa para o trabalhador. Nunca”, declarou, lembrando que mercados públicos existem justamente para garantir espaço aos mais humildes — e não para virar negócio de quem busca lucro.

Durante o encontro, o vereador deixou claro que lutará contra qualquer tentativa de transformar o patrimônio público em ativo privado. Kamai destacou que experiências semelhantes — como no Shopping Popular, na Energisa e em outras concessões — resultaram em tarifas mais altas, precarização e exclusão. “Quando o mercado for privado, estará lá quem der lucro”, alertou.

O vereador também denunciou a contradição da gestão, que tenta privatizar um espaço no qual foram investidos quase R$ 40 milhões em dinheiro público, enquanto destina míseros R$ 100 mil para políticas de apoio à produção familiar. Para ele, o projeto é irresponsável, insensível e ignora completamente a vida de quem batalhou décadas para construir seu espaço nos mercados.

Com firmeza, Kamai reafirmou seu compromisso: “Meu voto está absolutamente contrário. Estou aliado à luta dos trabalhadores”. Para ele, qualquer mudança só pode nascer do diálogo real e do respeito ao povo que mantém vivos os mercados públicos de Rio Branco.