Durante a sessão ordinária desta terça-feira (13) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Fagner Calegário (Podemos) se dirigiu aos profissionais da segurança pública que ocupavam a galeria da Casa, reafirmando seu apoio à mobilização pela recomposição salarial. O parlamentar destacou que, apesar dos avanços na segurança apontados por dados oficiais, como a redução de crimes letais, esse progresso é resultado direto das convocações de servidores feitas em anos anteriores, muitas delas pressionadas pelo próprio Parlamento.
Calegário fez questão de lembrar que, com o apoio da Aleac, o governo anterior foi forçado a convocar cadastros de reserva da Polícia Militar e da Polícia Civil, medida que, segundo ele, impacta positivamente nos números atuais da segurança pública. “Antes de falar dos avanços, é preciso lembrar o que foi feito. Convocamos, com muita briga, os aprovados nos concursos, e isso hoje reflete na queda dos crimes. Mas agora a luta é por quem já está na ativa e precisa ter seus direitos reconhecidos”, disse.
O parlamentar também ironizou a postura da base governista ao lidar com as reivindicações dos servidores, sugerindo que há contradições internas quando a pressão vem das categorias diretamente ligadas aos próprios eleitores. “Mais uma vez, a gente vê que a base não é tão base quando começam a mexer nas suas bases. Essa fala não é contra o governo, mas em defesa da coerência e da justiça com quem garante a segurança da população”, afirmou.
Por fim, Fagner Calegário pediu união entre os parlamentares em defesa da pauta dos operadores de segurança pública, citando os deputados Clodoaldo Rodrigues, Gene Diniz e Arlenilson Cunha, todos com histórico nas forças de segurança. “Independentemente da origem de cada um, temos o dever de lutar pelos direitos desses homens e mulheres. Contem comigo, como sempre contaram em outras batalhas”, concluiu.