Em pronunciamento nesta terça-feira na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), o deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) prestou uma homenagem aos operadores de segurança pública, ao mesmo tempo em que cobrou do governo estadual ações concretas de valorização da categoria, especialmente no que diz respeito à recomposição salarial e melhorias nas condições de trabalho.
O plenário da Aleac estava ocupado por dezenas de servidores da segurança pública que, vindos de uma manifestação na Casa Civil, ocuparam as galerias para acompanhar a fala do parlamentar. Arlenilson começou sua fala saudando os presentes e destacando a importância da atuação de cada agente de segurança.
“Quero me reportar a essas mulheres e homens guerreiros, que saem de casa todos os dias colocando suas vidas em risco em nome da nossa segurança. São esses profissionais que garantem os bons números que temos na área da segurança pública”, afirmou.
O deputado relatou uma visita recente ao 2º Batalhão da Polícia Militar, onde foi recebido pelo comandante tenente-coronel Russo. Ele destacou o trabalho desenvolvido na região do Segundo Distrito de Rio Branco, que já contabiliza 77 armas apreendidas apenas em 2025, o que representa cerca de 70% de todas as apreensões realizadas no estado até o momento. Pela atuação, Arlenilson Cunha protocolou uma moção de aplauso ao comandante e à tropa do 2º BPM.
Embora tenha reconhecido os investimentos feitos pelo governo do Estado em equipamentos e estrutura para as forças de segurança, o parlamentar reforçou que os principais responsáveis pelos resultados positivos são os próprios profissionais que atuam na ponta. “É o policial penal dentro da unidade prisional, é o policial civil investigando e elucidando crimes, é o bombeiro militar cumprindo seu papel com excelência. São eles que fazem os bons números acontecerem”, declarou.
Ele também criticou a atual política de pagamento de horas extras e apresentou um projeto de lei que visa modificar o regime de banco de horas de “venda remuneratória” para “venda organizatória”, tornando o sistema mais atrativo aos policiais. Segundo ele, muitos agentes têm perdido o interesse em fazer horas complementares devido ao modelo atual, o que compromete a manutenção de efetivos nas ruas e nas unidades prisionais.
O deputado fez referência às reivindicações apresentadas pela categoria ainda em maio de 2024 e lamentou a ausência de respostas satisfatórias por parte do Executivo. “Os policiais não estão pedindo privilégios, estão pedindo o que é justo, o que é digno, o respeito que merecem”, disse.
Finalizando seu pronunciamento, Arlenilson reafirmou o compromisso com os servidores da segurança pública. “Enquanto estivermos aqui, até o último dia do nosso mandato, estaremos ao lado dos senhores e das senhoras, defendendo o que é justo e necessário para que possam trabalhar com dignidade. Que Deus abençoe cada um de vocês”, enfatizou.