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Política

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Afonso Fernandes defende produtores rurais e cobra presença do governo federal no Acre

Afonso Fernandes defende produtores rurais e cobra presença do governo federal no Acre

Durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), realizada nesta quarta-feira (2), o deputado Afonso Fernandes (PL) voltou a demonstrar preocupação com a crise enfrentada pelos produtores rurais acreanos, especialmente diante das ações de órgãos ambientais federais, como o Ibama e o ICMBio. Em tom crítico, o parlamentar lamentou a ausência do governo federal nas discussões sobre a Amazônia e cobrou soluções efetivas para os problemas históricos que afetam o setor produtivo do estado.

“Essa perseguição aos nossos produtores não é de hoje. Tem casos que se arrastam desde a década de 90, com embargos feitos pelo Ibama. E agora, mais recentemente, criaram outra ferramenta para dificultar ainda mais o crescimento do Acre: o ICMBio”, afirmou.

Para Fernandes, o problema não é exclusivo do Acre e reflete uma conjuntura nacional. Ele comparou a realidade do país à de um cachorro correndo atrás do próprio rabo, sempre tentando resolver os mesmos problemas sem sucesso. “Infelizmente, o Brasil escolheu. E agora a gente tem que aguentar mais quatro anos de atraso. Essa é a realidade”, disse, em referência ao governo federal.

O deputado também lamentou que, durante os períodos eleitorais, haja uma tentativa de “refresco”, com promessas e amenização dos conflitos, mas que, logo após as eleições, as perseguições voltam com força total. Para ele, o que acontece com os produtores é resultado da omissão das autoridades nacionais.

“Nós não podemos transferir essa culpa para o governador do Acre. Essa é uma questão que não se resolve na esfera estadual. O que pudemos fazer, estamos fazendo. Ontem reunimos com produtores e decidimos realizar uma audiência pública no dia 11, para trazer aqui os verdadeiros responsáveis por essa irresponsabilidade”, declarou.

Afonso também criticou a ausência de representantes do governo federal nas discussões locais. Ele relembrou que, durante a caravana da Aleac à BR-364, precisou ir pessoalmente a Brasília para tentar garantir a participação do superintendente do DNIT, que estava viajando para a França e sequer enviou um representante à reunião no Acre.

“Vamos fazer esse movimento para trazer alguém de Brasília que veja a realidade do nosso povo que está produzindo. Não dá mais para aceitar que decisões sobre a Amazônia sejam tomadas por quem nunca pisou aqui”.

Ao final de seu pronunciamento, o deputado agradeceu à deputada Antônia Sales (MDB) pelo apoio às articulações e reforçou que é necessário envolver não só os parlamentares do Acre, mas toda a bancada federal da Amazônia Legal.