O deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) anunciou, na manhã desta quarta-feira (21), na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a criação de uma frente parlamentar destinada a defender os interesses dos estudantes de medicina que cursam faculdade na Bolívia
Contingente
De acordo com Hassem, milhares de jovens brasileiros, especialmente acreanos, buscam formação em instituições bolivianas. “São mais de 5 mil estudantes, sendo cerca de 4 mil brasileiros, que dependem dessa formação para realizar o sonho de exercer uma profissão no Brasil”, constatou.
Barreiras
O deputado explicou que a iniciativa surge em resposta às crescentes preocupações dos alunos, especialmente após a publicação da recomendação nº 001/2025 do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC). O documento estabelece critérios mais rígidos para a realização de atividades práticas em solo brasileiro, o que tem gerado insegurança entre os estudantes de medicina formados no país vizinho.
Ferramenta
A frente parlamentar será um canal permanente de diálogo, buscando alternativas e soluções para garantir que esses alunos não sejam prejudicados. “Vamos buscar alternativas para garantir que esses estudantes tenham seus direitos assegurados”, destacou.
Corrente
Tadeu Hassem destacou ainda que a proposta conta com o apoio de outros parlamentares, como o deputado Pablo Bregense (PSD), autor de um projeto que prevê a possibilidade de estudantes em fase de internato realizarem atividades na rede pública de saúde em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).
Reafirmação
O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmou ontem, 21, em depoimento ao STF, que acompanhou as discussões para o planejamento de um golpe de Estado orquestrado para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Testemunha ocular
Baptista Júnior afirmou que teve acesso à minuta do golpe, preparada no Planalto, e que testemunhou o então comandante do Exército, general Freire Gomes, ameaçar prender o ex-presidente Jair Bolsonaro caso ele levasse a cabo os planos golpistas. “O general Freire Gomes é educado e não falou com agressividade ao presidente [Bolsonaro]. Foi isso que ele falou, com calma e tranquilidade: ‘Se você tentar isso, eu vou ter que lhe prender’. Foi isso que ele disse.”
Trama
Baptista Júnior disse que participou de um “brainstorm” com Bolsonaro e outros ministros do seu governo acerca das possibilidades de prisão de diversas autoridades, entre elas o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga a trama golpista. Segundo ele, Bolsonaro apresentou em uma reunião a proposta de diferentes medidas para reverter o resultado das eleições. “Eu lembro bem, houve a seguinte discussão: Vai prender o Alexandre de Moraes, presidente do TSE? Vai.”
Conluio
Ainda em seu depoimento à Primeira Turma do STF, o tenente-brigadeiro confirmou que o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, colocou-se à disposição de Jair Bolsonaro para executar o plano golpista. “O almirante Garnier não estava na mesma sintonia, na mesma postura que o general Freire Gomes. Em uma dessas reuniões, chegou a um ponto em que ele falou que as tropas da Marinha estariam à disposição do presidente”.
Retaliação
O tenente-brigadeiro disse que o general Braga Neto, candidato derrotado à vice na chapa de Bolsonaro, incentivou ataques a ele e à sua família. Segundo contou, a intenção do general era fazer com que ele mudasse de ideia e passasse a apoiar o golpe. “Ainda me chamam de melancia.”
Na mira
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou ontem que Alexandre de Moraes pode ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos. Rubio confirmou que as sanções contra o ministro do STF estão em estudo e que há uma grande possibilidade de serem aplicadas. Moraes é considerado um inimigo por parte de integrantes do governo Trump por conta das investigações contra os planos de golpe de Estado. (Poder 360)
The end
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na data de ontem, 21, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República.
Formato
O texto também amplia para cinco anos os mandatos de todos os cargos eletivos, como vereadores, deputados estaduais, deputados federais e presidente. A PEC, no entanto, propõe a redução dos mandatos dos senadores de oito para cinco anos. O projeto aprovado na CCJ ainda unifica as eleições, que passariam a ocorrer de quatro em quatro anos, e não mais de dois em dois anos, como é hoje.
Compasso
Por enquanto, nada muda. O texto ainda precisa ser analisado pelo plenário do Senado e, depois, pela Câmara dos Deputados, onde pode sofrer alterações, antes de seguir para promulgação. Mesmo que seja aprovada com urgência, a PEC não afetará as próximas eleições. A proposta prevê que o fim da reeleição passe a valer para prefeitos em 2028 e para presidente e governadores em 2030. (UOL)
Violência
Um casal de funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos foi assassinado a tiros na noite de ontem, quarta-feira, 21, ao sair de um evento no Museu Judaico, em Washington. Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim deixavam o local com outras duas pessoas quando um homem identificado como Elias Rodriguez disparou contra o grupo. Ele foi preso por seguranças do museu e, segundo a polícia, gritava “Palestina livre” ao ser detido.
Reprovação
Fazendo referência ao ato de violência, o presidente Donald Trump condenou o ataque, que atribuiu a antissemitismo, enquanto o governo israelense disse que vai reforçar a segurança de suas representações diplomáticas.
Espionagem
Ontem, 21, foi revelado pela mídia nacional que a Rússia teria usado o Brasil como uma de suas principais bases para a criação, formação e treinamento de espiões destinados a atuar globalmente. A Polícia Federal, com o auxílio de serviços de inteligência ocidentais, conseguiu identificar ao menos nove agentes russos que operavam com identidades falsas brasileiras.
Disfarce
Alguns dos espiões moraram por anos no Brasil, onde mantinham uma vida pessoal e profissional sem levantar suspeitas. O Itamaraty e a PF não se manifestaram sobre a reportagem do jornal americano. A ordem é manter silêncio até que a investigação seja concluída e divulgada.)
Constrangimento
O presidente americano, Donald Trump, constrangeu de forma inédita o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, no Salão Oval da Casa Branca, durante um encontro aberto à imprensa entre os dois chefes de Estado. Logo no início da reunião, Trump deixou o Salão Oval à meia-luz e exibiu um vídeo repleto de alegações falsas de que a África do Sul promove um genocídio contra a minoria branca do país, os africâneres. Além do vídeo, Trump distribuiu artigos impressos que supostamente provariam que existem milhares de casos de racismo contra a minoria branca no país. (Washington Post)
Mimo
Após o encontro, Trump disse que o governo americano aceitou formalmente o Boeing 747 oferecido pela família real do Catar para ser o novo Air Force One. De acordo com o Departamento de Defesa, o avião precisará passar por modificações em seus sistemas de segurança para começar a ser usado regularmente por Trump.