Filiados e dirigentes do Partido Progressista (PP), reuniram-se ontem de noite, 23, na sede do partido, em Rio Branco, para reforçar o apoio à pré-candidatura de Mailza Assis ao governo do estado nas eleições de 2026, consolidando sua posição como nome prioritário do partido. Durante o evento que contou com a presença de representantes de movimentos jovem, indígena, afro, mulheres e outros, criou-se um novo bordão para a pré-campanha de Mailza: “É ela!”.
Ação deliberada
Instada a comentar a iniciativa, a vice-governadora destacou a importância do diálogo com representantes dos diversos movimentos que atuam no interior do partido: “Nossa conversa foi no sentido de reafirmar o nosso compromisso com o Partido Progressista, com a nossa gestão do governo do estado e tocar o nosso projeto com toda a força”, afirmou Mailza. Ela também celebrou o novo bordão “É ela!”, que, segundo diz, reforça a força de sua pré-candidatura. “É uma afirmação! A minha pré-candidatura continua de pé; firme e forte, e vamos trabalhar para fortalecê-la cada dia mais”, sintetizou.
Figura de linguagem
Ao ser lembrada da fala do governador Gladson Cameli, presidente estadual do Progressistas no Acre, que disse na semana passada que ainda havia muita água a passar por baixo da ponte antes de definir um nome para 2026, Mailza deu interpretação a aquela analogia. “Tem muita água para passar por debaixo da ponte, mas toda água tá indo pro rumo certo. Cada bracinho do rio tá correndo pra cá”, afirmou convicta.
Prioridade
Por seu turno, o vice-presidente estadual do PP, economista Lívio Veras, enfatizou que a reunião marca o início de uma nova etapa na caminhada do partido rumo às eleições. Ele destacou a coesão do grupo, que há 12 anos vem obtendo resultados positivos em eleições, e afirmou que Mailza é a candidata prioritária na federação formada entre Progressistas e União Brasil. “O critério adotado nessa federação no país inteiro é que, onde houver um governador ou vice que vá à reeleição, então a prioridade é dela. Mailza é a prioridade com a candidatura ao governo”, declarou Veras.
Cenários
Tornou-se voz corrente nos ambientes em que movimentações políticas são comentadas, e tida como certa, a candidatura do prefeito da capital, Tião Bocalom (PL), ao governo do estado no ano vindouro. Concretizada essa opção, Bocalom teria que renunciar ao mandato de gestor maior dos rio-branquenses em abril próximo, deixando o mandato conquistado no ano passado para o vice Alysson Bestene (PP).
Périplo
Os comentários ganharam azo após a frenética agenda de Bocalom pelo interior do Estado, onde fez-se acompanhar do senador Márcio Bittar (UB), candidato à reeleição. Bocalom tem cumprido agendas nos municípios interioranos na condição de presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac) e também de presidente do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Acre (Cinresoac). Na semana retrasada. Bocalom já percorrera os municípios próximos da capital (Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Bujari e Acrelândia)
Largada
A agenda do prefeito está sendo reportada dia a dia em suas contas nas redes sociais. Na semana finda, começando pela sexta-feira (18), Bocalom esteve em Feijó, quando visitou o Centro dos Idosos e concedeu entrevista à Rádio Difusora. Também esticou até o gabinete do prefeito Delegado Railson Ferreira (Republicanos), em reunião que também contou com a presença do vice-prefeito Juarez Leitão (PSD).
Esticada
Ainda na sexta-feira, Bocalom visitou Tarauacá, onde foi recebido pelo prefeito Rodrigo Damasceno (PP). Na cidade, participou do lançamento do Festival de Praia, participou da filiação da ex-prefeita Maria Lucinéia e do ex-deputado federal Jesus Sérgio, que assinaram adesão ao PL, partido que em breve abrigará o senador Márcio Bittar, especulado como o próximo presidente da sigla no Acre.
Domingueira
No domingo, 20, Bocalom visitou o município de Jordão, onde conversou com o prefeito Cléber Kaxinawá (MDB) e vereadores locais. Encerrando a périplo domingueiro, Bocalom rumou para Porto Walter onde se reuniu com o prefeito César Andrade (PP) para tratar de assuntos relacionados ao consórcio de resíduos sólidos. Na ocasião, também dialogou com lideranças políticas locais e cumprimentou moradores da cidade.
Região da farinha
Já na data de ontem, 22, Bocalom, sempre ancorado pelo senador Márcio Bittar, começou o dia em Marechal Thaumaturgo e em seguida rumou para a capital do Juruá, Cruzeiro do Sul (foto), onde foi recepcionado pelo prefeito Zequinha Lima (PP), secretários e vereadores e também concedeu várias entrevistas para os veículos de comunicação da cidade.
Prognóstico
Ancorado nessa intensa agenda, o jornalista Alemão Monteiro, do site 3 de Julho Notícias apurou que em data recente houve uma “reunião a portas fechadas”, onde “ lideranças do Partido Liberal (PL) definiram que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, será o pré-candidato nas eleições do ano que vem, mesmo diante da possibilidade de Mailza Assis (PP) lançar sua candidatura. A decisão conta com o aval do principal padrinho político de Bocalom, o senador Márcio Bittar”, resume o escriba.
Fontes
Ainda segundo o jornalista, “fontes seguras revelaram com exclusividade ao 3 de Julho Notícias que ‘o prego já foi batido e a ponta virada’, expressão usada para indicar que não há mais volta acerca de determinada decisão. Ainda de acordo com o noticioso, “informações dão conta que o apoio a Bocalom já está consolidado no PL de Jair Bolsonaro e teria sido reafirmado durante a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em Cruzeiro do Sul”.
Jogo
Fato é que a movimentação nos bastidores evidencia que o cenário político da sucessão estadual já está sendo cuidadosamente desenhado, com o PL caminhando para unificar forças em torno do atual prefeito Bocalom, deixando a possível candidatura de Mailza Assis como a opção gestada para receber o apoio da ala governista e na outra ponta da disputa o senador Alan Rick, atualmente no União Brasil.
Sob análise
O dia seguinte à ameaça de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes foi de expectativa para uns e apreensão para outros. Moraes afirmou, no despacho em que pedia explicações aos advogados de Bolsonaro, que o ex-presidente havia descumprido as medidas cautelares impostas pelo Supremo na sexta-feira, que o proibiam de acessar as redes sociais.
Bico fechado
Na segunda-feira, 21, Moraes reiterou a decisão e afirmou que Bolsonaro não poderia sequer dar entrevistas, sob o risco de que elas fossem transmitidas nas redes, o que caracterizaria um uso indireto das plataformas digitais. Pouco antes do prazo de 24 horas estipulado por Moraes, os advogados de Bolsonaro apresentaram as explicações requeridas pelo ministro. Alegaram que o ex-presidente não sabia que estava proibido de conceder entrevistas e garantiram que ele se manteria calado dali em diante.
Parecer
Moraes deve analisar hoje as alegações da defesa de Bolsonaro. Segundo analistas, o ministro tem duas alternativas: encaminhar o caso à Procuradoria-Geral da República para que emita um parecer ou decidir sozinho. Caso avalie que as respostas não são suficientes, ele pode decretar a prisão do ex-presidente.
Compreensão
Bolsonaro parece ter entendido o recado de Alexandre de Moraes. Ontem, terça-feira, 22, o ex-presidente não apareceu publicamente. Pela manhã, cancelou uma ida à Câmara dos Deputados para se encontrar com parlamentares aliados. Depois, foi para a sede do PL, onde passou todo o dia em reunião com seus interlocutores mais próximos e com seu filho caçula, o vereador por Balneário Camboriú (SC), Jair Renan.
Trombone
Sem poder se manifestar, Bolsonaro esperava que seus aliados no Congresso usassem as tribunas em sua defesa. Parlamentares próximos ao ex-presidente afirmaram que não entrariam em recesso e marcaram sessões nas comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores.
Intento
A ideia era usar o espaço para, oficialmente, defender Bolsonaro e criticar a atuação de Alexandre de Moraes. Mas a estratégia fracassou. Na manhã de terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), publicou um ato proibindo, até 1º de agosto, as reuniões das comissões da Casa.
Apuros
Enquanto o pai se vê ameaçado de prisão, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue em busca de uma saída para não perder o mandato, enquanto continua nos Estados Unidos fazendo lobby contra o governo brasileiro. Nesta terça-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), indicou que poderia nomear Eduardo para uma secretaria estadual, o que justificaria sua ausência no Congresso.
Reação
Ato contínuo, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), entrou com um pedido no STF para que o ministro Alexandre de Moraes conceda uma medida cautelar que impeça Eduardo Bolsonaro de assumir uma secretaria estadual no Rio. Lindbergh argumenta que a nomeação teria como único objetivo a manutenção do mandato de Eduardo e a garantia de sua permanência nos Estados Unidos.