O pecuarista e empresário Zé Filho, de Tarauacá, declarou durante a semana finda sua intenção de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nas eleições de 2026. Ele lidera um grupo de produtores rurais que defendem maior representatividade do setor do agronegócio nas Casas de Lei.
Perfil
Aos 47 anos, Zé Filho carrega a experiência de ter concorrido à prefeitura de Tarauacá em 2024, quando recebeu 2.727 votos. Embora não eleito, ele considera que a campanha abriu portas e fortaleceu seu nome junto à população.
Leitura
Zé Filho é um dos nomes mais influentes do setor rural no Vale do Tarauacá e compõe um bom e seleto grupo na regional. Ele arrendou seu frigorífico a um grupo estrangeiro, garantindo à planta a única certificação nacional da região. Além disso, mantém forte atuação na Associação dos Produtores Rurais de Tarauacá (ASPRT) e é uma das lideranças responsáveis pela organização da Tarauacá Rural Show e da Feira da Agricultura Familiar. Para ele, é hora do homem e da mulher do campo ocuparem espaço nas decisões políticas que impactam diretamente suas vidas.
Credenciais
“Tudo que traga oportunidade para os nossos jovens me incomoda se não for feito. Temos filhos deixando o Acre por falta de oportunidades. Enquanto não criarmos condições para que eles fiquem aqui, estaremos falhando como sociedade”, declarou como pré-candidato. Zé reforça que seu perfil comunitário e o vínculo com o associativismo o credenciam a representar o setor com legitimidade e ação efetiva.
Pauta
Zé afirma que quer ser “um soldado do povo” e que está preparado para construir pontes entre os produtores rurais, o setor empresarial e o poder público. “O agro precisa ser ouvido. Temos indígenas querendo produzir, famílias querendo ficar no campo. Isso não pode continuar invisível dentro da Aleac”, completou.
Autodefesa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu às críticas de colegas de governo de que não teria consultado a área de comunicação do governo antes de anunciar na quinta-feira mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) junto com o congelamento de despesas.
Sequelas
A medida tributária provocou uma forte reação do mercado, que viu nela uma tentativa de controle do fluxo de capitais, criando desgaste para o governo e fazendo com que a Fazenda recuasse, mantendo a isenção para investimentos no exterior.
Conjuntura
“A comunicação nunca participou dos relatórios bimestrais (de avaliação de receitas e despesas, como o da última quinta). Isso foi debatido na mesa do presidente, que convoca os ministros que ele considera pertinentes para o caso. Essa é a atribuição do presidente da República”, afirmou, dizendo ainda que o recuo foi uma decisão técnica que não chegou a ser discutida com Lula. Segundo Haddad, a manutenção do arcabouço fiscal “depende muito mais do Congresso” (Globo)
Efeito Orloff
A pressa do governo em anunciar o recuo no aumento do IOF sobre investimentos no exterior se deveu ao temor de um “efeito Nikolas”, uma referência ao deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), que, a cada episódio de desgaste do Executivo, divulga vídeos de amplo alcance com críticas pesadas às medidas. A preocupação era evitar que o temor do controle de capitais se espalhasse, ensejando até mesmo um novo vídeo viral do parlamentar. (Folha)
Obstáculos
Ainda sobre o imbróglio envolvendo o IOD, a oposição não quer deixar a poeira assentar. O senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado Zucco (PL-RS) protocolaram projetos de decretos legislativos para sustar todas as mudanças no IOF anunciadas por Haddad e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, na quinta-feira. Um terceiro projeto foi apresentado pela bancada no Novo, alegando que “o brasileiro não suporta mais aumentos de impostos”. (Poder360)
Espiral
O renomado jornalista Ricardo Kotscho deita análise sobre a afirmação do presidente Luiz Inácio Lua da Silva, em desabafo proferido na semana passada quando fez afirmação que ‘ó perco essa eleição para mim mesmo’. Para o jornalista, de volta da agenda no exterior, ao deparar-se com a pilha de crises e problemas que encontrou sobre a sua mesa no Planalto, a bateção de cabeça entre ministros, o fogo amigo e os tiros no pé do governo, dando munição aos adversários, resulta que Lula ficou sem saber por onde começar para desatar os nós e botar ordem na casa.
Devolução
O governo federal começa hoje a ressarcir os descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em abril, quando foi revelado um esquema fraudulento que existia desde 2016 e se intensificou a partir de 2020. Ainda não há data prevista para a devolução dos descontos anteriores, mas, com base nas reclamações feitas pelo aplicativo ‘Meu INSS’, o Ministério da Fazenda estima que o montante a ser devolvido chegue a R$ 2 bilhões, quase um terço do total descontado nos últimos cinco anos.
Nicho
O Nordeste foi a região do país onde mais se registraram descontos fraudulentos do INSS, segundo investigações da PF e da CGU. Por conta disso, o PL quer fazer uma “campanha de conscientização” sobre o caso na região, reduto eleitoral do presidente Lula. Resta saber se a campanha abordará o funcionamento do esquema durante o governo Bolsonaro.
Estratégia
Os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da FAB, Carlos de Almeida Baptista Júnior, ao Supremo Tribunal Federal (STF) minaram a estratégia de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na acusação de tentativa de golpe, avaliam juristas.
Fatos e versões
“O fundamental é a narrativa de fatos, o que eles contam sobre a minuta (do golpe), sobre o que estava sendo discutido ali no momento. Então, se o relato for convergente, me parece que é algo forte no sentido de comprovar como os fatos se deram”, Helena Lobo Costa, professora de Direito penal da Universidade de São Paulo (USP).
Blindagem
Réu no STF por tentativa de golpe, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira tem sido blindado por colegas de farda, que minimizam seu envolvimento nas articulações do fim de 2022. Pressionado por Bolsonaro, ele alterou um parecer oficial para não excluir possíveis irregularidades nas eleições e convocou comandantes das Forças Armadas para apresentar uma nova versão da minuta que visava anular o pleito.
Photoshop
Apesar disso, militares afirmam que Nogueira integrava a ala moderada do governo, tentando demover o então presidente de medidas extremas. Por outro lado, os generais estão irritados com a postura de Alexandre de Moraes, que repreendeu Freire Gomes durante o depoimento, gerando desconforto entre militares que reclamam de perseguição e tentativas de manchar a imagem da instituição.
Patriotismo
O conflito entre Donald Trump e o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, deixou a esfera econômica e invadiu a política. Ao discursar ontem, domingo, 25, em uma cerimônia de formatura na Universidade de Princeton, Powell conclamou os estudantes a “defenderem a democracia”, além de classificar as instituições de ensino superior como “inveja do mundo e um ativo nacional crucial”.
Ataque
A declaração do executivo acontece em meio a uma ofensiva de Trump contra as universidades. Na sexta-feira, um juiz federal suspendeu uma ordem executiva do presidente proibindo a Universidade de Harvard, que é privada, de admitir estudantes estrangeiros.
Recrudescimento
A Rússia lançou neste domingo seu mais intenso ataque aéreo à Ucrânia desde que invadiu o país, em fevereiro de 2022. Pelo menos 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, incluindo crianças, de acordo com o governo ucraniano.
Reação
Além de classificar os bombardeios como “atos terroristas”, o presidente Volodymyr Zelensky criticou duramente o “silêncio dos Estados Unidos” em relação à ofensiva russa. “Isso não pode ser ignorado. O silêncio da América e de outros apenas serve para encorajar [o presidente russo Vladimir] Putin”, escreveu em sua conta no Telegram. Em resposta, Donald Trump disse que não está feliz “com o que Putin está fazendo”, mas não deu sinais de que vá retomar a política de apoio à Ucrânia adotada pelo governo anterior. (CNN)