O senador Alan Rick (UB) ora vê seu nome envolvido em mais uma fake news patrocinada pelos adversários políticos, qual seja o boato dando conta que em um eventual governo à frente do Palácio Rio Branco faria retaliações aos comissionados e servidores terceirizados que hoje prestam serviços ao estado. De forma indignada, o senador rebate a infâmia.
Repeteco
Semana passada os adversários tentaram vincular seu nome ao protagonista do acidente ocorrido na Via Verde, nas proximidades da 3º ponte, que vitimou dois trabalhadores de uma empresa de vigilância. Em consequência e no combate a mentira, teve que registrar ocorrência na polícia e recorrer à Justiça para investigações acerca da difusão da notícia falsa.
Postura
Agora, o senador Alan Rick teve que vir à boca do palco afirmar aos servidores o contrário do alardeado, garantindo aos trabalhadores o resguardo de seus postos de trabalho em caso de sua governança. Na sua visão, os comissionados, em sua grossa maioria, são tecnicamente capacitados e não podem ser vítimas de disputa política.
Parceiros
Ontem, em entrevista ao jornalista Luciano Tavares, do site Notícias da Hora ( www.noticiasdahora.com.br/) Alan soou peremptório, reafirmando seu compromisso com o trabalho e a competência: “Não vamos perseguir ninguém e vamos manter os bons servidores, os bons quadros comissionados. Tem muita gente capaz tecnicamente que deve ser mantida. São pessoas do primeiro, segundo e terceiro escalões; diretores, coordenadores, comissionados que ajudam na engrenagem dos mais diversos setores”, pontificou o senador.
Provas
A Polícia Federal trata os 20 cadernos grandes de brochura e capa dura apreendidos no escritório de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, como as provas mais graves colhidas na primeira fase da operação Sem Desconto. As informações são da colunista do jornal O Globo, Malu Gaspar. (Globo)
Nomes
As anotações diárias da secretária de Antunes oferecem detalhes das atividades do operador, apontado pela PF como responsável por pagar a propina das entidades que fraudaram as aposentadorias para os funcionários do INSS. Entre os registros, estão “Virgilio 5%” e “Stefa 5%”, que a PF acredita se referir aos pagamentos feitos ao procurador-geral do INSS, Virgílio Oliveira Filho, e ao ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto. (Globo)
Afastamento
Os dois foram afastados dos cargos pela Justiça na semana passada. Já haviam sido encontrados indícios de que Virgílio ganhou um carro de luxo da quadrilha, mas ainda não havia evidências de repasses para Stefanutto. (Globo)
Incômodo
E sucedem-se os desconfortos envolvendo Wolney Queiroz, escolhido por Lula para substituir Carlos Lupi no Ministério da Previdência. Em 2021, quando era deputado pelo PDT de Pernambuco, Queiroz foi um dos cinco signatários de uma emenda que afrouxou as regras de controle sobre descontos associativos em aposentadorias e pensões, exatamente onde ocorreu a fraude. A emenda a uma Medida Provisória elevou de um para três anos o prazo de revalidação dos descontos. (UOL)
Investigações
Deputados e senadores da oposição pretendem protocolar hoje o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no INSS. De acordo com os articuladores do pedido, já foram confirmadas 211 assinaturas, sendo 182 deputados e 29 senadores. (CNN Brasil)
Quórum
Para que a comissão saia do papel, é preciso que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que viaja com o presidente Lula para a Rússia, leia em plenário o requerimento. A oposição decidiu pela CPMI após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alegar que uma CPI teria de entrar na fila atrás de outros 11 requerimentos, e apenas cinco comissões desse tipo podem funcionar simultaneamente. (CNN Brasil)
Troca-troca
O presidente Lula formalizou a troca de Cida Gonçalves no Ministério das Mulheres por Márcia Lopes, que já tomou posse na manhã de ontem, segunda-feira, 5. Nos bastidores, a mudança foi atribuída a uma suposta falta de produtividade de Cida e à necessidade de Lula recuperar a popularidade com o eleitorado feminino, crucial para sua vitória em 2022. Em 2 de abril, uma pesquisa da Quaest indicou que a reprovação do presidente entre as mulheres havia superado a aprovação. (g1)
Inflando
A equipe do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que será votada ainda nesta semana a urgência para o projeto que amplia de 513 para 527 o número de deputados. Os parlamentares aproveitaram uma decisão do STF determinando que a distribuição de deputados por estados de acordo com a população fosse atualizada. (UOL)
Mágica
Caso a redivisão fosse feita, sete estados perderiam vagas, com o Rio de Janeiro ficando com quatro cadeiras a menos. A ideia, então, é aumentar o número de parlamentares. Os líderes de todos os partidos, exceto o Novo, apoiaram o pedido de urgência. (UOL)
Irracionalidade
A ideia de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece sepultada de vez. Horas depois de o gabinete de guerra israelense aprovar por unanimidade um plano de “conquista” da Faixa de Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a população palestina será realocada “para sua própria segurança”. (CNN)
Beligerância
Em uma publicação no X, o premiê enfatizou que a nova fase do conflito, iniciado após os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, “não será um entra e sai”. “Estamos chamando reservistas. Não vamos entrar e sair do território e fazer incursões depois. A intenção é o contrário.” A ofensiva deve ser iniciada antes da visita do presidente americano, Donald Trump, a Israel, na semana que vem. (CNN)
Consequências
Dentro de Gaza, a situação humanitária se agrava a cada dia. Há mais de dois meses as forças israelenses impuseram um bloqueio à entrada de ajuda humanitária no enclave palestino, alegando que o território recebeu suprimentos suficientes nos 60 dias de cessar-fogo. O programa Alimentar Mundial da ONU, porém, informou no fim de abril que todos os alimentos que tinha disponíveis já haviam sido distribuídos. (Times of Israel)
Derrota
Numa derrota sem precedentes na história da república alemã, Friedrich Merz não conseguiu votos suficientes para se tornar chanceler na primeira votação. Foram 70 dias desde as eleições parlamentares em fevereiro que deram a vitória à coalizão CDU/CSU para a sucessão de Olaf Scholz. (Guardian)
Déficit
A coalizão tem nominalmente 328 votos no Bundestag — mas Merz obteve apenas 310, seis a menos da maioria necessária. Quem mais comemorou a derrota foi a líder do partido AfD, Alice Weidel. Em uma publicação nas redes sociais, ela disse que o resultado da votação “demonstra a base frágil” sobre a qual a coalizão está construída. Uma próxima votação ainda não tem data definida. (Guardian)