Na largada de sua nova gestão frente à Mesa Diretora da Aleac, inaugurada em fevereiro último, o deputado Nicolau Júnior (PP), colocou com destaque na agenda a interação entre o parlamento estadual e as instâncias legislativas dos diversos municípios do interior. Na consecução desse objetivo, ontem, 09, Nicolou anunciou que decidiu inaugurar nos próximos dias um gabinete na sede do legislativo estadual destinada aos vereadores dos 22 municípios do Acre
Estrutura
“A Assembleia, se Deus quiser, vai inaugurar um gabinete que vai cuidar dos nossos vereadores, que vai dar atenção quando os vereadores vierem à nossa capital, ou quando marcar uma agenda antecipada, para a gente poder marcar através da equipe que vai ficar lá. Então vai ter atenção, vai ter um suporte jurídico, vai ter um suporte de escritório, vai ter um suporte de uma atenção especial aqui da nossa Casa asa do Povo em relação a esses queridos vereadores do nosso estado todo. Os 22 municípios, as nossas Câmaras dos Vereadores, merecem e precisam dessa atenção da Assembleia”, explicou Nicolau.
Calendário
Ainda ontem, o deputado informou que Assembleia Legislativa deve realizar um concurso público para suprir as necessidades da casa com técnicos das diversas matizes. A quantidade de vagas, escolaridade e detalhes do concurso serão divulgados até julho.
Boas novas
“Tem uma equipe que foi formada para fechar toda a organização desse início desse concurso. O prazo estipulado é de 90 dias. Quando finalizar esses 90 dias, após o levantamento do déficit funcional, pois temos muitos servidores da Aleac se aposentando, iremos quantificar as necessidades técnicas para recompor o quadro de auxiliares da Casa. Então, logo, logo, se Deus quiser, essa equipe vai ter finalizado todo esse trabalho de organização. E, se Deus quiser, vamos iniciar e dar o pontapé nesse concurso”, conclui.
Alívio
Para alívio temporário dos mercados globais, o presidente do EUA, Republicano Donald Trump, deu um cavalo de pau em sua guerra comercial contra o mundo ontem, quarta-feira, 09. O presidente dos Estados Unidos reduziu todas as taxas de importação anunciadas no dia 2 de abril para 10% e decretou uma pausa de 90 dias para a entrada delas em vigor, mas subiu a tarifa sobre produtos da China de 104% para 125%, com efeito imediato. (New York Times)
Cidreira
Trump decidiu aumentar a pressão sobre os chineses após ao China retaliar novamente os EUA ao elevar para 84% a taxa sobre importações americanas. A reviravolta, que ocorreu poucos dias após Trump declarar que nunca mudaria suas políticas tarifárias, acalmou temores dos economistas que acreditam que os Estados Unidos caminham para uma recessão. (New York Times)
Argumentos
A Casa Branca alegou que a pausa fazia parte de uma estratégia premeditada, mas o próprio presidente reconheceu que sua decisão foi tomada em resposta à turbulência do mercado, dizendo a repórteres em Washington que “é preciso ser flexível” e que o cenário dos últimos dias estava “bastante sombrio”. (New York Times)
Afagos
Apesar do aumento da tarifa sobre a China – de onde seu país importa US$ 450 bilhões por ano –, Trump sinalizou uma possível trégua com a China e disse ter “certeza” de que as duas maiores economias do mundo farão “um bom acordo”. Ele ainda afagou o presidente chinês, Xi Jinping, chamando-o de “uma das pessoas mais inteligentes do mundo”. (New York Times)
Desenrolar
Antes do anúncio da pausa, os países da União Europeia aprovaram novas taxas sobre os Estados Unidos na primeira resposta às ações de Trump. Tarifas de 25% serão aplicadas a uma ampla diversidade de produtos, de amêndoas a iates, com foco nas importações agrícolas e produções de estados republicanos, como carne bovina do Kansas e Nebraska, cigarros da Flórida e madeira da Carolina do Norte, Geórgia e Alabama. (Guardian)
Truco
Embora os primeiros impostos tenham sido programados para 15 de abril, a maior parte será aplicada a partir de 15 de maio e o restante em 1º de dezembro. A UE disse considerar o tarifaço trumpista “injustificável”, mas acrescentou que “as contramedidas podem ser suspensas a qualquer momento, caso os EUA concordem com uma negociação justa e equilibrada”. (Guardian)
Destrambelhado
Parlamentares republicanos respiraram fundo com o recuo, mas ficaram insatisfeitos com a forma como souberam da notícia: por um post do presidente em sua rede, a Truth Social, e não pelos dois altos funcionários do governo, o Representante Comercial do país, Jamieson Greer, e o Secretário Adjunto do Tesouro, Michael Faulkender, que discursavam para grupos distintos de parlamentares no Congresso no momento em que a notícia foi divulgada. Eles não esperavam o anúncio e pareciam ter pouca noção sobre o que exatamente fez Trump mudar de ideia. (The Economist)
Enigma
“Que sujeito desconcertante é esse Donald Trump”, afirma a Economist. “Obcecado com sua suposta vitimização”, o presidente “pode parecer a pessoa mais ridícula do mundo e, ao mesmo tempo, a mais importante em gerações”. A revista britânica observa que ele prometeu “apenas um adiamento, não uma suspensão total de seu plano”. E que a julgar por sua “abordagem intermitente em relação às tarifas sobre Canadá e México, há motivos para acreditar que irá reavivar sua ameaça de taxas mais altas antes do término dos 90 dias”. (The Economist)
Rescaldo
Na realidade, o recuo de Trump se impôs pela realidade. Os investidores começaram a se desfazer de títulos do governo americano. Eles venderam, venderam e venderam. No fim das contas, Trump cedeu ao mercado de títulos. Ele admitiu a repórteres que ‘as pessoas estavam ficando um pouco enjoadas’ com os títulos. Ele não quer o mesmo destino da primeira-ministra britânica Liz Truss, que renunciou humilhada em 2022 após um fiasco semelhante em reação às suas políticas. Finalmente é um alívio, mas o potencial para mais tarifas permanece. E o surto no mercado de títulos revela o dano já ocorrido. Os Estados Unidos não parecem mais sólidos como uma rocha”. (Washington Post)
Postura
Contextualizando o comportamento do governo brasileiro, o cientista político brasileiro Celso Ming entende que “antes de tomar uma decisão, o governo Lula aguarda para ver o que acontece – uma atitude pragmática. A única diferença é que, para justificar o protecionismo à indústria brasileira, depois de anos criticando os efeitos nocivos do livre comércio, da globalização e do chamado Consenso de Washington, o PT e o governo Lula passaram a condenar o tarifaço de Trump por sabotar o sistema multilateral de comércio e a extensa cadeia global de produção e distribuição. Uma ironia típica destes tempos”. (Estadão)
Embaraço
O Conselho de Ética da Câmara recomendou ao plenário da Casa a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por 13 votos a cinco. Ele é acusado de quebra de decoro por ter expulsado a chutes um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do interior da Câmara, em abril de 2024. Ainda não há data para o pedido ser votado por todos os parlamentares. Após a sessão, o deputado anunciou que fará greve de fome até o fim do processo – e foi visto dormindo no chão do local onde a comissão se reuniu, de onde disse que não sairá. (g1)
Substituto
No último dia de sua viagem a Honduras, na América Central, o presidente Lula indicou que o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) deve mesmo assumir o Ministério das Comunicações. (Folha)
Pajelança
O presidente receberá hoje integrantes do partido para oficializar a mudança, após o deputado Juscelino Filho, da mesma sigla, renunciar ao cargo por ter sido denunciado pela Procuradoria Geral da República. Lula disse a jornalistas que o União Brasil “tem o direito de indicar” o novo ministro. “Já tenho um nome, conheço o Pedro Lucas”, afirmou. Mas uma ala da legenda prefere o deputado cearense Moses Rodrigues por entender que a indicação de Pedro Lucas vincularia a sigla ainda mais ao governo. (Folha)