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Disposição

Disposição

Se restava alguma dúvida que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), estava disposto a entrar na corrida eleitoral ao governo no ano vindouro, essa interrogação está sendo dissipada pelos acontecimentos dos últimos dias.

Périplo

Após aparecer numa agenda conjunta com o governador Gladson Cameli (PP), em visita a obras tocadas pela gestão riobranquense, na última quinta-feira, 17, Cameli incentivou Bocalom a percorrer o interior para a visitar amigos e simpatizantes.

Pé na estrada

Acompanhado do Senador Márcio Bittar (UB), que disputará a reeleição, neste final de semana Bocalom pegou o Ita e rumou para a regional Tarauacá-Envira, onde visitou Feijó, Tarauacá, Jordão e Porto Valter. O giro foi fartamente documentado nas redes sociais do prefeito.

Agenda

Na semana anterior, Bocalom já houvera marcado presença nas Feiras Agropecuárias de municípios com proximidade da capital, caso de Epitaciolândia, Bujari e Acrelândia. A determinação do prefeito riobranquense acendeu a luz vermelha no QG da vice-governadora Mailza Assis, que pela sua contabilidade contava com o apoio irrestrito do governador Gladson Cameli às pretensões de sucedê-lo no quadriênio 2027/2030 no Palácio Rio Branco.

Retribuição

Sentindo o cheiro de queimado, Mailza Assis, no sábado, cobrou gratidão do prefeito: “Penso que cada um tem o direito de se apresentar e disputar. Mas se ele (Bocalom) não quiser considerar o que fiz por ele em 2020 e agora em 2024, para que ele tivesse Partido e legenda para se candidatar e que pudesse ter garantida sua reeleição em 2024, paciência. Cada um dar o que tem”, falou uma incomodada Mailza.

Pingo é letra

Vale repisar que na visita que fez as obras da prefeitura fazendo-se acompanhar de Bocalom e Bittar, Gladson Cameli teria dado a entende que o grupo político do qual faz parte tem um projeto e que ele se chamaria Mailza Assis para a continuidade do Governo em 2026, mas que Gladson tem um plano B em Bocalom, que seria sua alternativa. Quem leu as entrelinhas ligou o desconfiômetro, assentido que Bocalom pode ser candidato caso prevaleça sobre Mailza nas pesquisas no início do processo eleitoral.

Lá e cá

A manifestação do governador em Rio Branco foi bem diferente daquela feita em Cruzeiro do Sul, na semana retrasada, durante a abertura da Expoacre Juruá. Mailza Assis, naqueles dias, quando Gladson declarou apoio irrestrito às suas pretensões, disse ter ficado emocionada com as declarações do governador porque foram feitas em sua terra natal, diante de pessoas que o viram crescer, entre amigos e parentes. “Confesso que aquelas declarações, naquele dia, me deixaram ainda mais confiante”, disse Mailza.

Palavra de Cameli

As declarações em Rio Branco, deixando nas entrelinhas Bocalom como alternativa, deixaram Mailza preocupada, mas o governador, ao encontrá-la na manhã de sábado, na abertura da Expoacre, no Parque de Exposições, foi logo esclarecendo que não seria nada daquilo que saiu na imprensa e que sua candidata à sua sucessão continua sendo ela, Mailza Assis.

Gato escaldado

A preocupação de Mailza, em parte, decorre de passagem que remonta a formação da chapa de governo nas eleições de 2022, quando vários nomes foram citados como vice e acabou sendo ela a acomodada como a candidata, embora Gladson Cemeli tenha declarado as margens do Rio Xapuri, em passagem gravada em vídeo, facilmente encontrada nas redes sociais, que quem ocuparia a vaga seria a esposa do deputado Márcio Bittar, a Sra. Márcia Bittar. Daí, como diz a modinha do Benito di Paula, ‘se ele fez com ela, vai fazer comigo!’.

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Desafios

Após uma bem-sucedida campanha interna para reforçar que o país está sendo vítima de um ataque econômico para interferir em assuntos domésticos, o governo brasileiro inicia a semana trabalhando para angariar apoio internacional em sua crise com os Estados Unidos.

União

Nesta segunda-feira, 21, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Santiago do Chile para se encontrar com os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, do Uruguai, Yamandú Orsi, e com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. A reunião é vista como uma frente de esquerda contra a ofensiva autoritária do presidente americano Donald Trump.

Desafio

O encontro entre os presidentes deveria ter ocorrido no ano passado, mas, por conta de agenda, foi transferido para este ano e ganhou uma conotação política ainda mais forte devido à tentativa americana de influenciar o sistema Judiciário brasileiro para que o ex-presidente Jair Bolsonaro não seja condenado no processo que investiga a trama golpista. Lula pretende usar o encontro para afirmar que a investida de Trump é um ataque explícito à democracia brasileira. O presidente brasileiro dirá que vem tentando dialogar com o governo americano há meses para tratar de negociações econômicas e que as tarifas impostas são uma retaliação política.

Ação conjunta

Neste domingo, 20, Lula, Boric, Petro, Orsi e Sánchez publicaram um artigo conjunto em defesa da democracia. “A erosão das instituições, o avanço dos discursos autoritários impulsionados por diferentes setores políticos e o crescente desinteresse dos cidadãos são sintomas de um mal-estar profundo em amplos setores da sociedade”, escreveram os mandatários.

Causa

Os cinco se colocam como defensores da democracia em um mundo cada vez mais extremado e violento. “… como líderes progressistas, temos o dever de agir com convicção e responsabilidade frente àqueles que pretendem enfraquecer a democracia e suas instituições”, concluíram.

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Passo atrás

Duas semanas depois de dizer que sacrificaria seu mandato de deputado federal para permanecer nos Estados Unidos fazendo lobby para que o governo americano sancione autoridades brasileiras em troca da anistia de seu pai, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou atrás. Em uma live neste domingo, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que não pretende renunciar ao mandato. “Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou.

Histórico

Eduardo pediu licença do mandato em março, quando chegou aos Estados Unidos. Neste domingo, o prazo para reassumir a vaga na Câmara dos Deputados expirou e, a partir de agora, as faltas às sessões passam a ser contabilizadas. De acordo com o regimento da Casa, ele pode faltar até um terço das sessões sem apresentar justificativa. Pelos cálculos da família Bolsonaro, Eduardo ainda pode se ausentar de 44 sessões antes de perder o mandato.

Missão

Eduardo Bolsonaro também fez ameaças ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo ele, seu principal objetivo é retirar o jurista do Supremo Tribunal Federal. “Toda hora a gente tem que expor o nível de várzea que é Moraes com a caneta do STF. O ideal seria ele fora do STF. Trabalharei para isso também, tá, Moraes?”, afirmou o deputado, que acusa de forma recorrente o ministro de agir politicamente para impedir que seu pai concorra às eleições de 2026.

Mais do mesmo

Na mesma live, Eduardo Bolsonaro ameaçou integrantes da Polícia Federal que estariam investigando a ele e a outros integrantes de sua família em processos do Supremo Tribunal Federal. “Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você... ah, eu vou me mexer aqui”, disse o filho do ex-presidente Bolsonaro.

Afronta

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que as falas do deputado federal licenciado são uma tentativa de intimidação aos policiais federais. “Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”, disse Rodrigues. De acordo com ele, a PF tomará medidas legais contra Eduardo, que é escrivão da Polícia Federal em São Paulo.