O Novo, partido comandado no estado pelo deputado estadual Emerson Jarude, fez anunciar no site Notícias da Hora, edição de ontem, 23, que tenciona abrir mão da pré-candidatura de Alan Rick (UB) ao governo do Acre.
Motivação
De acordo com a notícia espelhada pelo site, a pretensão do divórcio não foi por falta de amor a Alan, mas, sim, decorrente da prepotência de aliados do senador que chegaram a afirmar, em bastidores, que o “partido de Jarude não faz diferença numa composição política”. A assessoria do senador nega a afirmativa e repisa considerações e respeito guardados com os partidários e com o deputado Jarude.
Pano de fundo
Ocorre que a banda não toca no tom entoado pelos adeptos do partido Novo. O motivo da insatisfação da sigla comandada por Jarude no Acre foi a decisão da ex-deputada Mara Rocha em assinar filiação ao Republicanos, partido liderado no estado pelo deputado federa Roberto Duarte, após a ex-deputada se comprometer em cerrar fileiras com o Novo.
Cálculo
Mara fez a opção pelos Republicanos depois de avaliar que a sigla escolhida disporia de maior estrutura para suas pretensões de disputar o senado federal, vez que o partido de Duarte tem em seus quadros o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que desponta como principal candidato à presidência pelo bloco oposicionista ao governo federal, em contraponto à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ofertando-lhe, por conseguinte, maior visibilidade e cotas do fundo partidário.
O pomo da discórdia
Agastado com a decisão da ex-deputada, partidários de Jarude, que já tinham garantido à executiva nacional do Novo que a sigla teria candidatura ao senado federal no Acre, recorreram ao argumento apresentado na imprensa, dando conta que não estavam sendo ouvidos pela assessoria de Alan Rick. Essa vem a ser a versão apresentada por assessores do senador.
Fake News
Nesses termos, o propalado desrespeito e a falta de atenção por parte da articulação política de Alan Rick, álibi divulgado como a gota d’água para o estremecimento da questionada relação, portanto, não procede.
Fatos e versões
O burburinho gerado pela recente agenda do prefeito da capital tião Bocalom (PL) pelo interior do estado, fez eclodir suas pretensões de disputar o Palácio Rio Branco no ano que vem. Alheio as versões, Bocalom nega estar em campanha e diz que sua presença nas cidades interiorana faz parte do trabalho institucional da Amac e do convite do senador Márcio Bittar para participar de ações de prestação de contas do mandato senatorial.
Cerrando fileiras
“Fui andar no interior a convite do senador Márcio Bittar, nosso senador da República, o que mais colocou dinheiro no Acre. Quando foi relator do Orçamento, Bittar destinou mais de R$ 1 bilhão ao Estado. Nunca houve um volume tão grande de recursos federais. Ele quis prestar contas e me chamou para acompanhar, como presidente da Amac”, afirmou o prefeito, declinando apoio ao projeto de reeleição de Bittar.
Missão
Segundo Bocalom, a comitiva da Amac tem feito um trabalho contínuo de aproximação com os municípios acreanos, buscando fortalecer o diálogo com os gestores locais e acompanhar de perto as demandas regionais. “Estamos nesse trabalho muito forte com as associações e com todos os municípios. Nosso diretor da Amac e do consórcio estão visitando os prefeitos, e dessa vez nós também fomos dialogar”, disse.
Decisão futura
Ao ser questionado se seria candidato ao governo do Acre, o chefe do Executivo municipal rio-branquense foi enfático ao negar qualquer intenção imediata. “Eu já disse, não sou candidato. Meu foco agora é ser o melhor prefeito que Rio Branco já teve. Tenho que entregar todas as obras que planejamos. A decisão sobre candidatura é para o ano que vem, como disse o próprio governador Gladson Cameli”, declarou.
Adversidade
O governo brasileiro já considera improvável a possibilidade de negociações com os Estados Unidos para discutir as tarifas de 50% sobre produtos nacionais, ou mesmo um adiamento da data estipulada para que elas entrem em vigor, no dia 1º de agosto.
Alternativa
No núcleo duro do governo, estuda-se o envio de uma missão oficial, com autoridades do Executivo, numa última tentativa de retomar o diálogo com a Casa Branca. Até agora, no entanto, não há uma decisão tomada a respeito disso.
Informalidade
Apesar do silêncio americano às cartas enviadas por Brasília, representantes do governo americano e do governo brasileiro estão dialogando de maneira informal e reservada. Os americanos dizem que, sem uma autorização direta de Trump, não haverá abertura de diálogo.
Intervenção
Na outra ponta da crise, uma entidade americana batizada de “Legal Help 4 You LLC” fez um pedido formal para que a Justiça americana envie ao Departamento de Estado as ações que a Rumble e a Trump Media movem contra o governo brasileiro.
Punição
De acordo com a entidade, o governo dos Estados Unidos deve considerar a aplicação de sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e demais juízes da Suprema Corte brasileira. A entidade pede que os Estados Unidos apliquem a Lei Magnitsky contra os magistrados brasileiros.
Argumento bizarro
Mais tarde, em um pronunciamento durante um evento sobre inteligência artificial, Trump afirmou que está aplicando tarifas de 50% a países com que “não estamos nos dando bem”, em clara referência ao Brasil.
Mutismo
Com o prazo de implantação do tarifaço se aproximando e temendo ser preso, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu ficar calado e se manter recluso. Nos bastidores, no entanto, o ex-presidente mantém intensa movimentação política.
Ventríloquos
Ontem, quarta-feira, 23, ao menos sete de seus aliados o visitaram na sede do PL, em Brasília. Bolsonaro quer que seus aliados o defendam e critiquem publicamente o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Indução
Missão dada, missão cumprida. Ainda na quarta-feira, o PL passou a impulsionar publicações que culpam o presidente Lula por ser o responsável pelo tarifaço americano. O partido de Bolsonaro fez pagamentos de impulsionamento para diferentes redes sociais e também tentou isentar o ex-presidente e sua família de serem os artífices das sanções contra o país.
‘Sartando’ de banda
Em meio às críticas crescentes no país, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mudou o tom que vinha adotando sobre as sanções americanas contra o Brasil. De acordo com ele, o tarifaço de Trump não teve sua participação em nenhum momento e que sempre defendeu sanções individuais às autoridades brasileiras.
Mutação
Eduardo tinha outro discurso até a semana passada. Quando as tarifas foram anunciadas, ele afirmou que a taxação “apenas confirmou o sucesso na transmissão daquilo que vinham apresentando”, referindo-se ao lobby que ele e o blogueiro Paulo Figueiredo vinham fazendo junto à base de Donald Trump.
Recuo
Ontem, quarta-feira, 23, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também parece ter desistido de nomear Eduardo para uma secretaria de Estado, para que ele não corra o risco de perder o mandato e possa manter uma renda nos Estados Unidos. Eduardo, que teve suas contas bloqueadas por Alexandre de Moraes na semana passada, afirmou que as contas bancárias de sua esposa também estão congeladas.