Na terça-feira última, 15/07, comentou-se aqui na coluna que a Prefeitura de Epitaciolândia teve R$ 10.513.291,93 bloqueados, por determinação da Justiça do Trabalho, valor referente a precatórios trabalhistas acumulados por administrações anteriores a atual gestão, no caso as administrações dos ex-prefeitos André Hassem e Tião Flores.
Ação
Após a decisão judicial, o prefeito da cidade, Sérgio Lopes (UB), se mexeu e esteve na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT14), em Porto Velho (RO), acompanhado do advogado do Município e do Secretário de Finanças. A comitiva tratou diretamente com a Juíza responsável pelos precatórios e com o Desembargador Presidente do Tribunal, conseguindo resolver a situação do bloqueio de recursos que preocupava a população.
Seriedade
De acordo com o advogado do Município, os resultados positivos são reflexo de uma nova postura administrativa. “Desde 2021, o Município reduziu em mais de 60% os processos trabalhistas, resultado de uma política de cumprimento dos pisos salariais e dos direitos dos servidores do Município. Essa redução, além de representar maior segurança jurídica, trouxe uma economia significativa para o Município a longo prazo”, afirmou o Dr. Thallis Felipe.
Interlocução
O Prefeito Sérgio Lopes ressaltou a importância da reunião em Porto Velho para manter o diálogo com o Poder Judiciário e explicar a realidade financeira de Epitaciolândia. “A ida ao TRT14 foi fundamental para mostrar que o Município tem todo o interesse em pagar as dívidas, mas é preciso considerar que somos um Município de pequeno porte, com limitações econômicas. Ainda assim, temos feito todos os esforços para quitar os débitos sem comprometer os serviços essenciais”, disse o Prefeito.
Dever de casa
Apesar do grande esforço para quitar as dívidas antigas, a atual gestão garante que, desde 2022, todos os pisos salariais são cumpridos e atualizados de acordo com a legislação federal, com destaque para o aumento no salário dos professores, que hoje está entre os melhores do Estado do Acre.
Responsabilidade
A Prefeitura reforça que continua trabalhando para manter o equilíbrio financeiro, pagar os débitos herdados de gestões passadas e, ao mesmo tempo, assegurar o bom funcionamento dos serviços essenciais e a valorização dos servidores municipais.
Reação
Depois de dias buscando contato com os Estados Unidos para abrir negociações sobre o tarifaço de Donald Trump e impulsionado pelas pesquisas de opinião que mostram uma melhora na avaliação do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na noite de ontem, quinta-feira, 17, um pronunciamento em rede de rádio e televisão no qual a carta enviada por Trump na semana passada como uma chantagem inaceitável.
Postura inaceitável
Lula afirmou que a tentativa de interferir na Justiça brasileira são um grave atentado à soberania nacional. Lembrou ainda que o Brasil vem tentando negociar com o governo americano há meses, em mais de dez reuniões bilaterais. Uma proposta oficial de negociação, de acordo com o presidente brasileiro, foi enviada em maio para Washington e até o momento foi sequer respondida.
Decepção
“Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse Lula em seu pronunciamento.
Traição
O presidente ainda afirmou que os políticos brasileiros que apoiam as medidas americanas são traidores da pátria. “Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo”, disse o Lula, em recado claro à família Bolsonaro e seus apoiadores diretos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Palco
Lula aproveitou o 60º Congresso da UNE em Goiânia (GO) e fez também um discurso inflamado, acusando Trump de interferência nos assuntos internos do país e defendendo de forma intransigente a soberania nacional. Diante da União Nacional dos Estudantes, uma plateia que historicamente sempre lhe deu apoio incondicional, Lula classificou Trump como “um gringo que quer mandar no Brasil”. “Não é um gringo que vai dar ordem a este presidente da República. Não é. Eu sei a quem devo respeitar neste país”, disse ele, enquanto os estudantes gritavam: “Ah-ha, uh-uh, o Brasil é nosso”.
Asseclas
No mesmo discurso, Lula acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de serem traidores da pátria. O presidente afirmou que os dois não tiveram nenhuma preocupação com os prejuízos que o tarifaço de Trump trará para a indústria, a agricultura e o salário dos brasileiros.
Debandada
“Que ele tenha vergonha, se esconda da sua covardia e deixe este país viver em paz”, disse Lula sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos em favor do pai. Lula afirmou que o Brasil vai taxar as empresas de tecnologia americanas, um projeto antigo do governo que vem sendo estudado desde o ano passado. Ele defendeu ainda o controle sobre as redes sociais e afirmou que não aceita que, em nome da liberdade de expressão, as plataformas online sejam usadas para promover agressões. “A gente vai julgar e cobrar impostos das empresas americanas digitais”, declarou Lula no evento da UNE.
Dedo em riste
Ainda no dia de ontem, 17, o presidente brasileiro aproveitou para se dirigir diretamente aos Estados Unidos. Em uma entrevista para a rede americana CNN, ele afirmou que Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e não “para ser o imperador do mundo”. Lula ainda reafirmou a independência do Judiciário brasileiro. “O presidente da República não tem influência alguma sobre outro poder”, disse à jornalista Christiane Amanpour.
Rebate
A porta-voz oficial da Casa Branca, Karoline Leavitt, comentou a entrevista que Lula deu à CNN. Segundo ela, Trump não foi eleito para ser um imperador do mundo, mas é um “líder forte com influência global” e o “líder do mundo livre”.
Reação de defesa
Mais tarde foi o próprio presidente americano que reagiu às investidas de Lula, reafirmando que impôs tarifas ao Brasil por conta do processo que investiga a trama golpista e que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 40 anos de prisão. Em uma carta endereçada a Bolsonaro e publicada em sua própria rede social, a Truth Social, Trump afirmou que um “sistema injusto se voltou contra Bolsonaro”.
Opinião
O presidente americano também reiterou que o julgamento contra Bolsonaro deveria ser encerrado imediatamente. Trump acusou ainda o atual governo brasileiro de realizar ataques à liberdade de expressão tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. “Minha sincera esperança é de que o governo brasileiro mude de rumo, pare de atacar os opositores políticos e encerre esse regime ridículo de censura. Estarei observando de perto”, escreveu Trump na carta a Bolsonaro.
Enquanto isso...
Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica pelos médicos da Casa Branca, após apresentar pequenos hematomas nas mãos e inchaço nas pernas. O médico que atende o presidente americano afirmou que serão realizados testes mais aprofundados para avaliar melhor o problema, que consiste na dificuldade das veias em reenviar o sangue para o coração. Segundo ele, a condição de Trump é benigna e o problema é comum em pessoas com mais de 70 anos.
Engajamento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava distante da crise das tarifas com os Estados Unidos, envolvido em suas próprias batalhas em Brasília. Na quinta-feira, no entanto, Haddad entrou na força-tarefa do governo para atacar os Bolsonaro e reafirmar o tom político do tarifaço americano.
Maléfico
De acordo com o ministro, o Brasil está sendo sacrificado por Bolsonaro. “Ele (Bolsonaro) é quem deveria estar se sacrificando pelo Brasil”, afirmou. Haddad também classificou como “abjeto” o comportamento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao defender o ex-presidente, e disse que as negociações com os Estados Unidos precisam ser centralizadas no governo federal. Além disso, o ministro defendeu que devedores contumazes do fisco deveriam ir para a cadeia. “A gente está chamando de devedor contumaz, mas é um eufemismo para falar de um criminoso”, declarou Haddad.