Uma coisa há de se reconhecer: o senador Sérgio Petecão (PSD) é astuto na leitura dos cenários políticos. Não fosse, não exerceria mandatos sucessivos desde 1994, portanto há mais de 30 anos. Petecão fareja o sentimento popular de mudança e busca alinhar seus interesses políticos a esses viés.
Faro
Em 1996, então na condição de deputado estadual, foi um dos primeiros, senão o primeiro, parlamentar da Aleac a pular do barco do então governador Orleir Cameli, antevendo mudanças no cenário estadual via candidatura da Frente Popular (leia-se Jorge Viana), reposicionando-se no cenário político da época.
Visão
Após, em 2011, após a eleição do petista Binho Marques, se antecipou e cerrou fileiras com a oposição e veio engrossar o projeto que saiu vencedor em 2018, com Gladson Cameli ao governo e Márcio Bittar e ele ao senado.
Agenda
No presente, ele está a enxergar o mesmo viés na candidatura do senador Alan Rick (UB). No meio desta semana esteve reunido com o coordenador político do senador Alan Rick (UB), em agenda que teve local em seu gabinete, em Brasília-DF. O encontro contou com a presença do ex-presidente do Basa, Marivaldo Melo. Nas palavras de Cassiano, em postagem em suas redes sociais, no facebook, restou a avaliação de que “fizemos uma boa conversa sobre o futuro Político do Acre!!”
Apuração
O Ministério Público do Acre (MPAC) notificou a Prefeitura de Rio Branco para que preste esclarecimentos sobre a devolução de quase R$ 1 milhão aos cofres da União. Os recursos seriam destinados à construção de casas de farinha e à aquisição de equipamentos voltados para comunidades do município.
Representação
A Prefeitura de Rio Branco tem o prazo de 15 dias para apresentar sua resposta ao MPAC. Procurado o Executivo municipal informou que ainda não foi oficialmente notificado, mas que responderá a solicitação em momento oportuno. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público abriu investigação para apurar possível ato de improbidade administrativa após receber uma representação formal do senador Alan Rick (União Brasil).
Negligência
Pelos argumentos apresentados ao MPE pelo senador Alan Rick a devolução dos recursos ocorreu sem apresentação de justificativa técnica ou legal, o que, de acordo com o parlamentar, fere o interesse público e causa prejuízos diretos às comunidades que seriam beneficiadas pelo investimento.
Salva vidas
Em meio aos avanços da fusão entre o Podemos e o PSDB, membros da cúpula tucana já iniciariam tratativas para um segundo movimento focado na sobrevivência do partido, a federação. S conversas são capitaneadas por Marconi Perillo, presidente do PSDB, e Renata Abreu, que comanda o Podemos (foto).
Óbices
Integrantes da executiva do PSDB buscaram lideranças do Republicanos e do Cidadania para discutir a possibilidade e formar uma federação com as duas legendas, após concluir a fusão com o Podemos. As conversas estão em andamento, mas enfrentam empecilhos para avançar. Boa parte do Cidadania questiona as vantagens da medida, já que em março o diretório nacional da legenda decidiu romper com a federação firmada com o próprio PSDB em 2022.
Empecilho
A justificativa foi a de que a parceria gerou desvantagens para o Cidadania, com a redução de membros do partido em prefeituras, câmaras municipais, assembleias legislativas estaduais e no Congresso Nacional. Os tucanos avaliam, porém, que após a fusão com o Podemos, o quadro será outro.
Expectativa
O desafio para formar uma aliança com o Republicanos está posto. Alvo de investidas do PP e União Brasil, que anunciaram, nesta semana, a formação de uma nova e poderosa federação, a sigla preferiu ficar de fora da iniciativa. Dirigentes do Republicanos avaliam que hoje uma aliança nesses moldes com o PSDB e Podemos não traria vantagens significativas ao partido.
Regime
Durou pouco a permanência do ex-presidente Fernando Collor de Mello na prisão. Ele deixou o Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), na noite de ontem, quinta-feira, 01, seis dias após entrar para cumprir pena de 8 anos e 10 meses por corrupção. (CNN Brasil)
Despacho
Sua prisão domiciliar foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois de manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República. Moraes aceitou o pedido da defesa, que alegou problemas de saúde do ex-presidente de 75 anos: segundo os advogados, Collor tem Parkinson desde 2019, transtorno bipolar e privação crônica de sono. (CNN Brasil)
Cautelares
O ministro determinou uma série de medidas cautelares que precisam ser cumpridas, sob pena de retorno ao regime fechado. Entre elas está a suspensão do passaporte, o uso de tornozeleira eletrônica e seu monitoramento constante, com relatórios semanais produzidos pelo governo alagoano. Collor foi condenado pelo STF em 2023 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, em investigação que apurou desvios na BR Distribuidora. Recorreu diversas vezes, todas sem sucesso. (CNN Brasil)
Exceção
Conceder prisão domiciliar é algo que foge à regra no Supremo. Levantamento do jornal O Estado de São Paulo mostra que, entre janeiro de 2024 e abril de 2025, apenas 27% dos 648 pedidos de domiciliar foram aceitos, enquanto 73% foram negados. (Estadão)
Estatística
Os dados, da plataforma Corte Aberta, consideram as solicitações feitas por meio de habeas corpus e recursos em habeas corpus, ações usadas para contestar ou revisar decisões sobre prisões consideradas ilegais ou abusivas. Os números incluem apenas os casos em que o STF analisou efetivamente o mérito do pedido, ou seja, decidiu se o preso tinha ou não direito ao benefício. Ações que não chegaram a julgamento, como as arquivadas ou extintas, foram excluídas. (Estadão)
Peculiaridades
Fato é que é difícil para Collor contestar o julgamento. Por ter corrido do começo ao fim no STF – já que o ex-presidente exerceu cargo de senador entre 2007 e 2023 e tinha foro privilegiado –, a ação penal contra ele não sofreu as mesmas máculas que prejudicaram os inquéritos da Lava Jato vindos de instâncias inferiores. Eis uma importante lição que essa condenação deixa: nas ações que correm no STF do começo ao fim, a margem para questionamentos de natureza processual é consideravelmente menor”. (piauí)