A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, a acreana Marina Silva, chega depois de amanhã, sexta-feira, 23, pela manhã a Rio Branco para participar dos debates finais de reunião da GCF – Fundo Verde para o Clima.
Encaminhamentos
A agenda da ministra prevê ainda encontros com autoridades estaduais, entre elas o governador Gladson Cameli, o secretário da Fazenda, Amarísio Freitas e com a cúpula do TCE, para debater a remuneração de serviços ambientais.
Combo
O presidente do BNDES, Aluízio Mercadante, acompanhará a ministra, para anunciar que o banco ultrapassou a marca de R$ 650 milhões em investimentos não reembolsáveis para projetos de restauração ecológica desde 2023.
Fontes
Esses recursos estão concentrados em três iniciativas: o Floresta Viva, com verbas do Fundo Socioambiental do BNDES, e o Restaura Amazônia e o Florestas do Bem-Estar, com montantes do Fundo Amazônia, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Ação
Em parceria com o Ministério do meio Ambiente, o BNDES lançou nove editais desde dezembro de 2024, em valores que somam R$ 400 milhões. O programa, de restauração ecológica com geração de emprego e renda na Amazônia Legal, contribui para a contenção do desmatamento e a conservação da biodiversidade em terras indígenas, territórios de povos e comunidades tradicionais, unidades de conservação, áreas públicas não destinadas a APPs e reservas legais de áreas de assentamento e de pequenas propriedades rurais.
Focos
Foram três editais para Unidades de Conservação, três para assentamentos da reforma agrária e três para terras indígenas. Em convênio com a Petrobras, o BNDES tem ainda cerca de R$ 80 milhões para programas de restauração ambiental na Amazônia e Pantanal e verba também para o bioma da Mata Atlântica.
Autorização
Uma informação importante nessa visita da ministra Marina Silva é que o Ibama, finalmente aprovou antes de ontem (19) o plano apresentado pela Petrobras para realização de vistorias e simulação de resgate de animais na Margem Equatorial, dentro do processo de busca da estatal por uma licença para explorar a região, informou a Reuters.
Parecer
A aprovação indica que o plano “atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa: a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada, que testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo”, disse o órgão em nota. Marina silva chega na manhã de sexta-feira e retorna no final da tarde para Brasília.
Rá, ré, rí, rô, rua
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, decidiu demitir o advogado Fabio Wajngarten da assessoria de comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A notícia circulou na data de ontem, terça-feira, 20, em veículos de comunicação da imprensa nacional. O demitido foi o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) de Bolsonaro, que seguia atuando como assessor de imprensa do ex-presidente e figura entre seus advogados.
Missa encomendada
Wajngarten foi demitido a pedido de Michelle Bolsonaro, que ficou incomodada com mensagens sobre ela trocadas por Wajngarten com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Jogo da verdade
A ordem para demissão de Wajngarten ocorreu após o repórter Aguirre Talento, do site “UOL”, divulgar uma troca de mensagens entre o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid e Wajngarten. Na conversa de janeiro de 2023, o ex-chefe da Secom enviou a Cid uma matéria informando que o PL cogitava lançar a ex-primeira-dama como candidata à Presidência. Cid respondeu: “Prefiro o Lula”. Wajngarten, então disse: “Idem”.
Reação
Na semana passada, o próprio Bolsonaro já tinha reagido à divulgação dos diálogos. Ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, o ex-presidente informou que procuraria Valdemar para tomar uma providência. O diálogo foi o estopim para a ordem de Michelle, que já deixava evidente seu descontentamento com o ex-chefe da Secom. Segundo integrantes do PL, ela não fala com Wajngarten há muitos meses e trabalha há tempos pela sua demissão.
Desculpa
“Diferentemente da atual primeira-dama, Michelle botava ordem na casa. Ela é quem botava ordem na casa, e o pessoal não gostava. Mas não justifica essa troca de mensagens, ainda mais em janeiro de 2023, quando eu estava elegível. Um falou besteira, o outro concordou. Vou conversar com o Valdemar sobre isso. Vamos ver o que fazer”, declarou Bolsonaro.
Idas e vindas
Esse não foi o único impasse de Michelle com o ex-chefe da Secom. Também desagradou à ex-primeira-dama e seu irmão Eduardo Torres, o fato de Wajngarten ter prestado solidariedade ao ex-ministro Aderson Torres. Como informado pela imprensa nacional, em março, o irmão de Michelle fez uma visita à casa do ex-ministro da Justiça e mandou que ele se afastasse da política partidária do Distrito Federal. Após o episódio, Wajngarten prestou solidariedade a Torres.
Cão de guarda
Aliados de Bolsonaro criticaram a medida e apontaram o ex-assessor como “fiel ao ex-presidente”. Eles destacaram que Wajngartem foi responsável por conseguir um avião particular para transportar Bolsonaro em mais de uma ocasião devido a urgências com seu quadro de saúde, por causa da facada. Também relataram que o assessor era o primeiro a chegar na casa de Bolsonaro após ações da Polícia Federal.
A fila anda
A primeira turma do STF tornou réus nove militares e um agente da Polícia Federal que teriam participado da trama golpista após as eleições de 2022. Os acusados integram o chamado “Núcleo 3”, considerado pela Procuradoria-Geral da União como o núcleo de “ações coercitivas”.
Arrolados
Entre os militares estão integrantes dos chamados “kids pretos”, especialistas em operações especiais. Segundo as investigações, esses militares seriam os responsáveis pelos assassinatos de autoridades previstos nos planos golpistas. Os alvos seriam o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, à época também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice Geraldo Alckmin.
Recusa
Pela primeira vez o relator do processo, o próprio Moraes, rejeitou a denúncia contra dois dos acusados de participarem da tentativa de golpe. Os demais integrantes da primeira turma acompanharam seu voto e não aceitaram a denúncia contra o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues por “falta de justa causa”. (UOL)
Cenário
Moraes afirmou que houve um atentado à democracia e ironizou a situação, dizendo que, se o golpe tivesse dado certo, o STF não estaria analisando o caso: “Eu dificilmente seria o relator, talvez aí a minha suspeição fosse analisada pelos kids pretos”. Em seu voto, Moraes destacou que os acusados quebraram a hierarquia nas Forças Armadas e coagiram o comandante do Exército na tentativa de levar a cabo o plano golpista.